sexta-feira, 20 de julho de 2018

A vida em montra

Continuo sem conseguir compreender a necessidade de exposição daquilo que deveria ser apenas do foro familiar. Incomoda-me pensar que um dia um filho meu teria, ao alcance de todos e de qualquer um, todos os marcos da sua vida em exposição, qual cardápio de restaurante, ao sabor dos interesses de quem não o conhece. Para quando um pouco de sensatez?

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Da empatia ou do que lhe queiramos chamar

Há situações, momentos, histórias de vida que me entram directamente neste buraquinho que tenho no peito, em mim permanecem e me cobrem de tristeza, e eu, que sempre me conheci forte e resiliente, deixo-me levar, maldigo a puta da má sina da história que me chega e afundo-me num silêncio de lágrimas. Já aqui o disse que a maternidade abriu em mim uma espécie de via rápida para a emoção, e certos "pormaiores" tocam-me particularmente, denunciam uma fragilidade talvez latente, talvez sempre existente mas não reconhecida até então. E um medo… um medo que nego sempre, mas que aqui vive, porque somos apenas passagem.
"Mãe, nós somos ricos não somos?...temos-nos uns aos outros, não é? A nossa família, não é?" hoje, depois de o deixar na escola fiquei a matutar nisto, que sendo uma coisa que lhe digo frequentemente, não tem por hábito repetir. Hoje, já depois de matutar nisto, soube que uma colega de escola dele tinha ficado órfã. Não sei se a conhece ou se brinca com ela. SE a pergunta que me fez resultou de algo que ouviu. Ou se foi mera coincidência. Mas hoje, hoje, mais do que nunca, tenho uma tristeza que não me abandona e apenas uma pergunta: porquê?

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Uma canseira

Demora-se taaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaanto tempo a provar que somos mesmo nós aqui aos comandos da aeronave, que quando o blogger finalmente percebe quem nós somos, já se passaram os 5 minutos que tínhamos livres para dizer ao mundo uma série de coisas importantes, como só nós sabemos dizer, daquela maneira eloquente, inconfundível e sobretudo inesquecível, que nos caracteriza, perante uma plateia em suspenso diante da grandeza do que para aí vem que...
...uma p'ssoa simplesmente abana a cabeça, olha com um suspiro para a cruz no canto superior direito e faz aquilo que tem de ser feito.
Ainda não foi desta que soltei a verborreia mental que me assola e que sente ganas de ver a luz do dia, mas também não importa muito porque a bendizer antes assim do que perder mais tempo para dizer coisa nenhuma.
Haveremos de cá voltar, mas por enquanto vou dar tréguas à inutilidade e sair da mesma maneira que cheguei: sem dizer nada de importante e ainda irritada com o tempo que perdi estupidamente.

E já agora: feliz ano novo! Yeiiii....