tag:blogger.com,1999:blog-92199681984373601152024-02-08T00:20:50.743+00:00Travessa do Cais AzulAnna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.comBlogger316125tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-25594890727910945072021-01-31T19:34:00.002+00:002021-01-31T21:23:20.860+00:00Confinamento - dia 9<p><span style="font-family: georgia;">E que tal?</span></p><p><span style="font-family: georgia;">Estamos bem, obrigada. </span></p><p><span style="font-family: georgia;">Uma moldura, uma mesa de apoio, 2 livros e 3 brinquedos é que não aguentaram a pressão a foram sujeitos. E nós? Bem, continuamos a dosear o vinho e a repor o stock.</span></p><p><span style="font-family: georgia;">Não sei muito bem como é que vamos passar à fase 2 do confinamento: teletrabalho + miúdos+ aulas por videoconferência... Neste momento ganha a ideia de um de nós pegar no mais novo e sair com ele de carro durante a videoconferência do mais velho e enquanto o outro tenta trabalhar. </span></p><p><span style="font-family: georgia;">Aceitam-se sugestões. </span></p>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-88189208600688695702021-01-24T20:46:00.003+00:002021-01-31T21:23:49.767+00:00Confinamento – parte II<p><span style="font-family: georgia;">Onde íamos mesmo?</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Pensei seriamente em fazer uma espécie de diário deste novo
confinamento, só para um dia mais tarde perceber exatamente em que altura é
que comecei a perder a minha sanidade mental. Mas entre tomar conta de duas crianças
fechadas num apartamento de 80 m2, estar em teletrabalho, preparar as
formações, sopas, roupa, e toda demais rotina doméstica, achei que seria humanamente
impossível e resolvi guardar o pouco tempo que sobra para dormir qualquer coisa.
Se há coisa que o anterior confinamento me ensinou foi perceber o quão fácil é perder
a sanidade mental. De modos que, desta vez, delineamos uma estratégia adaptada aos
tempos de guerra que por aqui se vivem. Guerra à loucura. Guerra à falta de
paciência. Guerra ao impossível. E por isso rendemo-nos logo à evidência que
isto vai ser duro (mais duro do que o confinamento anterior, pois antes eu
estava em lay off e agora estamos os dois a trabalhar), vai ser longo (vai
durar decerto muito mais do que os 15 dias iniciais) e vai ser intenso (com
duas crianças substancialmente mais fartas de tudo aquilo que não podem fazer há
já vários meses). E que estratégia é essa, Anna, que contas para ultrapassar
esta tão difícil provação? Sobreviver aos poucos. Primeiro conseguir chegar ao
almoço. Depois pensar que mais umas horas e será hora de jantar e depois disso
a hora de irem dormir. Chegar ao final do dia e pensar que já passou mais um dia.
Guardar momentos ao longo do dia para fazer parvoíces com eles. Tanto pode ser
uma batalha de cócegas ou rebolar com eles pelo chão (dá também imenso jeito
para varrer o chão ao mesmo tempo), ou fazer moche na cama. Só naquela de
libertar a pressão. Apostar no copo de vinho à refeição (e ir mantendo a
garrafeira atestada). Fazer turnos a tomar conta deles. Ir tentado manter o
trabalho minimamente em dia (aqui é mais difícil e é onde eu começo a stressar
mais facilmente). E então, Anna? Está a resultar? Até mais ver sim. Dia 3 do
novo confinamento, está tudo vivo e ainda não nos divorciámos. Veremos no
próximo report…</span><o:p></o:p></p>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-59297047951261566242020-10-23T00:32:00.004+01:002020-10-23T00:34:49.364+01:00Ele é mau<p><span style="font-family: georgia;">Há tempos, ainda antes da pandemia, estava eu certa vez a
preparar o mais novo para o deixar na sala dele quando uma vozinha pequenina se
ergueu ao meu lado dizendo para o seu pai “Ele é mau!”, referindo-se ao meu caçula.
Eu fiz um compasso de espera e, ao constatar o silêncio do pai que o acompanhava,
resolvi intervir e dizer aquilo que diria se ouvisse um filho meu dizer isto de
outro colega. Que nem todas as crianças são iguais e às vezes não se portam bem
porque não conseguem falar ou explicar o que sentem, mas isso não quer dizer
que sejam más. O pai ouviu e nada disse. Eu saí e continuei o meu caminho. O
nosso caminho. Que tem dias bons e dias maus. E ultimamente têm sido muitos os
dias maus. Não é apenas o cansaço físico das muitas noites em que ele pouco dorme
e que acumulam com o trabalho, das birras, da constante agitação e barulho que
permanentemente existe aqui em casa, mas também este aperto que vive cá dentro,
o pensar que isto se calhar vai sempre assim, a ter de explicar que existem diferentes
maneiras de viver e olhar para o mundo e que seremos para sempre uns “estranhos”
a essa pseudo-normalidade. Talvez por isso às vezes dou por mim com os olhos
baços quando saímos da consulta com a psicóloga que o acompanha. Ali, independentemente
de tudo o resto, é um espaço dedicado à nossa “normalidade” e sentir essa
empatia enche um pouco este buraquinho que mora aqui dentro.</span></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-49389651296175503682020-09-10T16:45:00.001+01:002020-09-10T16:47:03.267+01:00Depois da tempestade…<p><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;"> …Não sei se vem a bonança, ou se estou dentro daquela zona
de calma no olho do furação, bem antes de voltar a ser trucidada pelos ventos
de um de categoria 5.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Na realidade, isto tem sido tão difícil que já nem quero
saber. Quero apenas aproveitar para respirar um tudo-nada de ar puro, sem
máscara, nem outras preocupações porque <i>winter is coming </i>e a para quem
tem putos pequenos isso é sinónimo de uma série de viroses que, este ano, devem
dar origem a umas temporadas em casa, coisa que até me faz palpitações só de
pensar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Mas enquanto os putos andam elétricos nas suas atividades (e
a gastar energias, muitas energias, para depois chegarem felizes, contentes e
sobretudo cansados), tenho aproveitado para recuperar alguma sanidade mental,
tanto quanto uma p*** de uma tendinite me deixa, e parece que o universo
resolveu recompensar-me de uma quarentena de loucos com duas propostas de
trabalho, completamente em contraciclo. Portanto se dúvidas havia que esta
minha vida é uma comédia em 3 atos, fica aqui isto registado (uma delas não era
interessante nem bem paga, mas a outra já andava a namorá-la há dois anos). E
pronto. Estou feliz. Em pulgas, levemente stressada, com medo de meter as patas
na poça, mas feliz. Mas também se há coisa que a idade me trouxe foi
discernimento para lavar as patas depois de as sujar… a única diferença é que é
agora com álcool-gel.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Aproveitemos, pois, a calmaria…</span><o:p></o:p></p>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-41071423294404349012020-05-19T00:21:00.000+01:002020-05-19T00:21:14.044+01:00Farta<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Estou farta disto tudo. Farta. Fartinha. Farta do circo.
Farta de ver tudo ruir à minha frente. Farta dos reveses. Farta da falta de
espaço. Farta da confusão. Farta das noites de 3 ou 4 horas. Farta de não ver
fim à vista. Farta da falta de bom senso. Farta do excesso de zelo. Farta da
falta de respostas. Farta. Farta. Farta. Já disse que estou farta?</span></div>
Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-70655277524944178902020-03-31T01:02:00.000+01:002020-03-31T01:02:44.866+01:00Vai ficar tudo bem, o c******!<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não, não vai ficar tudo bem. Não vai ficar tudo na mesma e irrita-me a condescendência, ainda que embrulhada em pseudo-optimismo, de que vai ficar tudo bem. Não vai. Vai morrer gente. Vai haver desemprego. E miséria. Vamos ter de arregaçar (outra vez) as mangas e segurar as calças. E há quem ainda nem se tenha refeito da crise de 2008. Vai haver medo. Vai haver saudade. Vai haver menos liberdade de movimentos. O mundo está a mudar. Nós estamos a mudar e dificilmente iremos voltar à leveza anterior. Iremos sobreviver, mas não vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo diferente e não necessariamente para melhor. Mas não é nada disto que digo ao mais velho. A ele sim, eu digo-lhe que vai ficar tudo bem. Aos outros digo apenas put@ que pariu isto tudo.</span>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-20346436819717617442020-02-27T10:42:00.000+00:002020-02-27T10:42:33.374+00:00Chamem-me antiquada...<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">...mas eu ainda acho que o exemplo vem de cima. Não posso exigir, pedir, insinuar aquilo que não faço, demonstro ou personifico, sob pena de a minha palavra perder valor. E isto é válido em todas as áreas, desde a pessoal, profissional ou na parentalidade.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Chama-se coerência.</span>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-75425776877907072602020-02-12T13:36:00.000+00:002020-02-12T13:37:31.182+00:00Mon dieu de la france, donne moi la pacience<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Acho que nascemos com uma reserva de paciência que deve ser gerida ao longo da vida. Acontece que ninguém nos avisou que esta reserva é finita e, uma vez esgotada, não há lugar a reabastecimento. O problema dá-se ali por volta dos 40 anos, em que já se esgotou toda a paciência que nasceu connosco e nos damos conta que já não estamos para aturar merdas de ninguém. E se noutros tempos a malta até revirava os olhos, respirava fundo, contava até 10, a coisa acalmava e nós insistíamos em tentar resolver, talvez em busca de uma qualquer redenção, agora sem essa reserva de paciência sobram duas hipóteses:</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> a) ou viramos costas, vestimos o fato da invisibilidade e ficando imunes às consequências.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> b) ou partimos para a peixeirada</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
(...)<br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Não me orgulho, que não é este exemplo que quero dar à minha prole, mas pela primeira vez optei pela opção b.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">(em minha defesa: 1) fui provocada e optei por não me calar. 2) Não, não foi bonito, mas no fim até acho que fiz serviço público. 3) estava sozinha)</span>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-45117654808541512272020-02-06T18:23:00.000+00:002020-02-06T18:24:19.683+00:00A minha janela<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Trabalho junto a uma janela, ao nível do r/c, mesmo ao lado de um estacionamento, que afunila próximo da minha janela. O passeio tem cerca de 80 cm de largura e depois há a minha janela, que até é grande por sinal. É suposto os carros estacionarem paralelos ao passeio e à minha janela. Mas depois... depois há toda uma criatividade automobilística que eleva a expressão "entrar por caminhos estreitos" a um outro nível... o nível da minha janela... Hoje foi o dia em que quase ganhei uma janela nova. Não ganhei foi para o susto...</span><br />
<br />Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-81798510781045661002020-02-04T23:21:00.000+00:002020-02-04T23:21:00.476+00:00Figuras tristes<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Marcar o número de telefone na calculadora e ficar à espera de ouvir o sinal de chamada. Não satisfeita, ao constatar que não é feita a ligação ainda ofende o telemóvel (que estava sossegadito dentro da mala lá a tratar de coisas da vida dele) por não estar a fazer o serviço que lhe compete.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E demorar uns longos segundos até reparar que está mentalmente a descompor o objecto errado.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Senil... estou a ficar senil...</span>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-32317275273627046302020-01-07T18:29:00.001+00:002020-01-07T18:29:46.190+00:00Equilíbrio<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Talvez no final de contas tudo se resuma a uma questão de equilíbrio.
Podemos ser o que quisermos, da forma que quisermos, desde que estejamos em equilíbrio.
Acomodar as diferenças e as discrepâncias entre camadas que façam sentido. Ainda
que aparentemente assim não seja. E fazer este exercício todos os dias, não por
necessidade de criar um momento solitário, prenuncio de uma qualquer epifania,
mas sim porque é desta desconstrução e simplificação que se consegue percorrer
o caminho entre aquilo que é esperado e o que é de facto vivido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Neste ainda curto caminho, aquilo que é o meu farol no meio
de todas estas circunstâncias às quais me estou a adaptar, é a procura deste equilíbrio,
para que o mundo dele seja o mais profícuo possível, e as diferenças, a virem a
existir, sejam vividas de forma equilibrada. </span><o:p></o:p></div>
<br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp55HMyCG3TMelZm0HV-wIpcSJXN6jZksghdT0qEg9Pnw-lANSnm-WNAaegoyihhboC2rWPfuc_DkCBd0BNaqxA8WXreK8CaSzg31DE6bKsRlA2pE2OcEVDzNDnxs-2xwViMDcsM62fbc/s1600/pexels-photo-1051449.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="1125" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp55HMyCG3TMelZm0HV-wIpcSJXN6jZksghdT0qEg9Pnw-lANSnm-WNAaegoyihhboC2rWPfuc_DkCBd0BNaqxA8WXreK8CaSzg31DE6bKsRlA2pE2OcEVDzNDnxs-2xwViMDcsM62fbc/s320/pexels-photo-1051449.jpeg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-5498938142659882952019-12-23T15:49:00.000+00:002019-12-23T15:49:47.158+00:00Ai, o Natal, o Natal...- Ò mãe, na véspera de Natal não podemos ter os estores da sala para baixo.<br />
- Porquê?<br />
- Se não como é que o Pai Natal sabe que estamos em casa?<br />
(...)<br />
- Mãe, como é que achas que o Pai Natal distribui as prendas? É por ordem alfabética?<br />
(...)<br />
- Mãe, mas como é que o Pai Natal consegue distribuir prendas para todos os meninos ao mesmo tempo? Somos tantos!!<br />
(...)<br />
<br />
(Desconfio que este será o último ano em que, algures durante a noite, se ouvirá um som parecido com o das renas a cruzar o céu...)Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-24508536460806025892019-11-28T16:10:00.000+00:002019-11-28T16:10:36.544+00:00Disto de ser mãe<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É sermos este ser irracional que se emociona ao ver uma foto
do caçula, imaginado (e quase que ouvindo) a gargalhada que ali ficou
cristalizada. É olhar os olhos sorridentes, a pose de gingão, tão crescido e
tão inocente, e pensar que queremos para sempre manter esta inocência e
simplicidade. É esquecer o turbilhão de coisas a voar pela casa, mal a porta de
se abre até que o sono leva a melhor; é sermos vencidos pelo abracinho, pelo
pedido de colo, no minuto a seguir a ter ocorrido a maior birra que há memória.
É lutar contra estas incertezas e manter a serenidade que estamos a ir na
direção certa. É viver com o coração fora do peito, oferecendo-o como escudo contra
tudo o possa ser menos bom, é sermos este ser emocional e emotivo que se comove
com as coisas mais banais e insignificantes. E é ter a certeza que não há amor
maior que este, que cresce todos os dias, um pouco mais, que não tem fim, nem
teve início e que me leva a olhar muito para além do meu próprio umbigo, num exercício
quotidiano que eu julgava não ser capaz. </span><o:p></o:p></div>
<br />Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-49510102251732610052019-11-19T11:17:00.001+00:002019-11-19T11:17:45.122+00:00The curseTalvez o dia ainda se cumpra.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">(hoje voltei a apaixonar-me... e os pequenos nadas devolveram-me o conforto das coisas simples. Enquanto houver música, haverá chão)</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/6h9XUYj96ho/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/6h9XUYj96ho?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-15509973099076176442019-11-19T01:02:00.000+00:002019-11-19T01:02:13.471+00:00UrbanidadeAdmito. Sinto falta dela.Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-53017275763244547112019-11-07T12:42:00.000+00:002019-11-07T12:42:11.930+00:00Pequenos prazeres que me definem<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
Fazer pequenos trabalhos manuais. Conjugar tecidos, materiais,
cores e formas. Dormir 8 horas. O cheiro das castanhas cozidas pela casa. O
abraço deles. O cheiro deles. O riso deles. Caminhar pelo meio de paisagens de
Outono. Escolher uma roupa bonita. Enroscar-me no sofá a ver um filme lamechas.
Espreguiçar-me. Caminhar ao pé do mar. Não ter horários. Tomar aquele café com
aquela pessoa. Desligar o telemóvel. Procrastinar. Sentir o sol no corpo. Caminhar
devagar. Silêncios. Ouvir a Radar. Ter tempo para mim. Escrever aqui.<o:p></o:p></div>
<br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixpaQaWW_NjfmXig5U53DH3w3Zd4xha2PEKKyk5n3nKqcUAInEidTArJjY4IXqQ1bGC9CfDpy3W2Wo4O3ODwedPHd_u6ijsuAQiV_XtFk6Vhf3CTw275buoex5pVstDDjfIzNxVhz3Wec/s1600/pexels-photo-641038.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="751" data-original-width="973" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixpaQaWW_NjfmXig5U53DH3w3Zd4xha2PEKKyk5n3nKqcUAInEidTArJjY4IXqQ1bGC9CfDpy3W2Wo4O3ODwedPHd_u6ijsuAQiV_XtFk6Vhf3CTw275buoex5pVstDDjfIzNxVhz3Wec/s400/pexels-photo-641038.jpeg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-size: x-small;">(às vezes, quando o mundo começa a girar demasiado depressa e eu tenho dificuldade em acompanhar, penso em algumas destas coisas. Às vezes resulta. Outras vezes nem por isso e fico ainda mais para trás. Mas quando resulta... quando resulta eu volto sentir aquela serenidade, como se um abraço me envolvesse e uma voz me dissesse "vai tudo correr bem")</span></div>
Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-12131674914075543662019-11-03T13:26:00.000+00:002019-11-03T13:26:46.807+00:00Desta viagemSempre que penso que é desta que as coisas começam a acalmar, eis que surge mais um turbilhão de sentimentos, de dúvidas, incertezas, angústias, caminhos longos e esburacados. Tenho percorrido uma boa parte dos problemas deste país na primeira pessoa, e agora na parentalidade também. Certezas não há nenhumas, apenas o meu instinto, que não tendo validade cientifica nenhuma, ainda assim me faz acreditar que no fim isto tudo vai dar certo. E é com este farol, esta esperança, que vamos iniciar mais um admirável mundo novo: o do espectro do autismo.<div>
Pois bem... bring it on.</div>
Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-86203972996003085902019-10-10T12:59:00.001+01:002019-10-10T13:10:29.722+01:00Psicanálise de trazer por casa<span style="background-color: white; font-size: 14px;"><span style="color: #999999; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Às vezes é preciso ver o mundo ao contrário para ele fazer sentido.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #1c1e21; font-size: 14px;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4Qba2KIliwFy_3BgAAvOobuJHOTonRrlXk-e7wYYjgqp3tsBojx6_dVY_DBAXcujquA2oV4840dtqjbCevJLLX0B0dmhnTBfTqVHcJOxXuhyDM1JJ4eDa2ZRjiDhtRWe1kUeeN1XRhYc/s1600/71896122_10213434125562152_2704473071577726976_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1067" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4Qba2KIliwFy_3BgAAvOobuJHOTonRrlXk-e7wYYjgqp3tsBojx6_dVY_DBAXcujquA2oV4840dtqjbCevJLLX0B0dmhnTBfTqVHcJOxXuhyDM1JJ4eDa2ZRjiDhtRWe1kUeeN1XRhYc/s320/71896122_10213434125562152_2704473071577726976_o.jpg" width="213" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #1c1e21; font-size: 14px;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-73735513366421201072019-08-29T16:26:00.000+01:002019-08-29T17:34:04.879+01:00GuiltyUm dorme o sono dos inocentes. Outro tem uma taça de pipocas à frente enquanto vê um dos inúmeros filmes que estão gravados na box. "Mãe, vem ver comigo este filme!". Não posso... Tenho que trabalhar, mas fico aqui na mesa atrás de ti e faço-te companhia.<br />
Estou há meia hora a procrastinar e a comer pipocas numa taça ao pé do computador. O único som que se ouvem é o das pipocas a serem mastigadas. Por mim e por ele. Ambos a aperfeiçoar a arte de não fazer nada. Ele no sofá. Eu em frente a um computador. A calma reina por algum tempo nesta casa e eu delicio-me a ouvir o som das pipocas a serem comidas. Sei que mais tarde vou ter de recuperar este tempo perfeitamente inútil e que mais noitadas se avizinham, mas... ouve-se o som das pipocas. E há momentos que dificilmente se repetem...Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-33578821775531723322019-08-07T11:57:00.000+01:002019-08-07T11:57:34.400+01:00Regresso a casaUma parte importante de mim está aqui. E é aqui que regresso depois de um ano em que muita água passou debaixo da ponte.<br />
Cá estamos. Cá continuamos.<br />
Siga a vida.Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-24755482888814947892018-07-20T14:37:00.000+01:002018-07-20T14:37:54.802+01:00A vida em montraContinuo sem conseguir compreender a necessidade de exposição daquilo que deveria ser apenas do foro familiar. Incomoda-me pensar que um dia um filho meu teria, ao alcance de todos e de qualquer um, todos os marcos da sua vida em exposição, qual cardápio de restaurante, ao sabor dos interesses de quem não o conhece. Para quando um pouco de sensatez?Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-79521777466920737122018-06-15T15:13:00.000+01:002018-06-15T15:13:13.361+01:00Da empatia ou do que lhe queiramos chamarHá situações, momentos, histórias de vida que me entram directamente neste buraquinho que tenho no peito, em mim permanecem e me cobrem de tristeza, e eu, que sempre me conheci forte e resiliente, deixo-me levar, maldigo a puta da má sina da história que me chega e afundo-me num silêncio de lágrimas. Já aqui o disse que a maternidade abriu em mim uma espécie de via rápida para a emoção, e certos "pormaiores" tocam-me particularmente, denunciam uma fragilidade talvez latente, talvez sempre existente mas não reconhecida até então. E um medo… um medo que nego sempre, mas que aqui vive, porque somos apenas passagem.<br />
"Mãe, nós somos ricos não somos?...temos-nos uns aos outros, não é? A nossa família, não é?" hoje, depois de o deixar na escola fiquei a matutar nisto, que sendo uma coisa que lhe digo frequentemente, não tem por hábito repetir. Hoje, já depois de matutar nisto, soube que uma colega de escola dele tinha ficado órfã. Não sei se a conhece ou se brinca com ela. SE a pergunta que me fez resultou de algo que ouviu. Ou se foi mera coincidência. Mas hoje, hoje, mais do que nunca, tenho uma tristeza que não me abandona e apenas uma pergunta: porquê?<br />
<br />Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-37563182482759622372018-04-19T00:52:00.000+01:002018-04-19T00:54:07.718+01:00Uma canseira<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Demora-se taaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaanto tempo a provar que somos mesmo nós aqui aos comandos da aeronave, que quando o blogger finalmente percebe quem nós somos, já se passaram os 5 minutos que tínhamos livres para dizer ao mundo uma série de coisas importantes, como só nós sabemos dizer, daquela maneira eloquente, inconfundível e sobretudo inesquecível, que nos caracteriza, perante uma plateia em suspenso diante da grandeza do que para aí vem que...</span><br />
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">...uma p'ssoa simplesmente abana a cabeça, olha com um suspiro para a cruz no canto superior direito e faz aquilo que tem de ser feito.</span><br />
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ainda não foi desta que soltei a verborreia mental que me assola e que sente ganas de ver a luz do dia, mas também não importa muito porque a bendizer antes assim do que perder mais tempo para dizer coisa nenhuma.</span><br />
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Haveremos de cá voltar, mas por enquanto vou dar tréguas à inutilidade e sair da mesma maneira que cheguei: sem dizer nada de importante e ainda irritada com o tempo que perdi estupidamente.</span><br />
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E já agora: feliz ano novo! Yeiiii....</span>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-30236543169548670602017-12-13T11:52:00.002+00:002017-12-13T11:55:10.930+00:00Apenas porque sim<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Apetece-me ouvir isto em repeat. Uma e outra vez. E depois novamente.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Saudades dos tempos em que podia trabalhar de fones nos ouvidos e ouvir o que me apetecia, fazer a maior salganhada musical sem ofender os ouvidos dos outros. Ainda assim sou agradecida por poder escolher a rádio que toca aqui no estaminé e sobretudo pela existência de rádios online (depois de anos a penar a ouvir a Renascença).</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Assim sendo, aqui fica a minha fixação do momento.</span><br />
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/LkyIVKbCfG8/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/LkyIVKbCfG8?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
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<span style="font-size: xx-small;">Charlotte Gainsbourg - Deadly Valentine</span>Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9219968198437360115.post-40890091248991810652017-11-06T23:30:00.000+00:002017-11-06T23:31:34.083+00:00Revirar olhos...em looping<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Lido por aí:</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i>"na maioria das grandes cidades, as periferias são tradicionalmente ocupadas por bairros sociais, pessoas sem vontade de trabalhar, acho que me faço entender. MAS, atenção ao "MAS", isso não significa que as periferias sejam unicamente habitadas por bandidos, significa que é um fenómeno geográfico que acontece dentro e fora de Portugal, não fui eu que inventei."</i></span><br />
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<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Orlando Ribeiro deve estar a dar voltas no túmulo. Já eu hesito entre soltar uma boa e sonora gargalhada ou partir para a desconstrução deste argumento. Mas depois lembro-me que esta é uma casa serena e acho que vou ficar apenas pelo revirar de olhos...</span></div>
Anna Bluehttp://www.blogger.com/profile/10585253313589491003noreply@blogger.com4