Gosto de silêncios. A intensidade faz muitas vezes parte deste espaço de tempo mudo e ainda assim veste-me de cor quando nele habito. Sou pelos silêncios presentes, pelas ausências próximas, pelo pensamento vibrante e sentido. Sou pelo toque na palma da mão, percorrendo com a ponta do dedo todas as linhas da vida. Pelo encontro do olhar suspenso nas palavras que não são ditas. Sou pela tranquilidade, pela calma das horas sem rumo que desfilam sem pressa para terminar. Sou pelos abraços apertados quando tudo o resto é já sabido e sou ainda mais pelos abraços inesperados, sem palavras ou motivos expressos e que de tão intensos e sinceros se agarram a nós para sempre. Sou pela ausência de palavras mas não de sentidos. Pela partilha do indizível. Pelo momento. Sou pelos silêncios.
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