quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Chamem-me antiquada...

...mas eu ainda acho que o exemplo vem de cima. Não posso exigir, pedir, insinuar aquilo que não faço, demonstro ou personifico, sob pena de a minha palavra perder valor. E isto é válido em todas as áreas, desde a pessoal, profissional ou na parentalidade.
Chama-se coerência.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Mon dieu de la france, donne moi la pacience

Acho que nascemos com uma reserva de paciência que deve ser gerida ao longo da vida. Acontece que ninguém nos avisou que esta reserva é finita e, uma vez esgotada, não há lugar a reabastecimento. O problema dá-se ali por volta dos 40 anos, em que já se esgotou toda a paciência que nasceu connosco e nos damos conta que já não estamos para aturar merdas de ninguém. E se noutros tempos a malta até revirava os olhos, respirava fundo, contava até 10, a coisa acalmava e nós insistíamos em tentar resolver, talvez em busca de uma qualquer redenção, agora sem essa reserva de paciência sobram duas hipóteses:
          a) ou viramos costas, vestimos o fato da invisibilidade e ficando imunes às consequências.
          b) ou partimos para a peixeirada

(...)
Não me orgulho, que não é este  exemplo que quero dar à minha prole, mas pela primeira vez optei pela opção b.
(em minha defesa: 1) fui provocada e optei por não me calar. 2) Não, não foi bonito, mas no fim até acho que fiz serviço público. 3) estava sozinha)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

A minha janela

Trabalho junto a uma janela, ao nível do r/c, mesmo ao lado de um estacionamento, que afunila próximo da minha janela. O passeio tem cerca de 80 cm de largura e depois há a minha janela, que até é grande por sinal. É suposto os carros estacionarem paralelos ao passeio e à minha janela. Mas depois... depois há toda uma criatividade automobilística que eleva a expressão "entrar por caminhos estreitos" a um outro nível... o nível da minha janela... Hoje foi o dia em que quase ganhei uma janela nova. Não ganhei foi para o susto...

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Figuras tristes

Marcar o número de telefone na calculadora e ficar à espera de ouvir o sinal de chamada. Não satisfeita, ao constatar que não é feita a ligação ainda ofende o telemóvel (que estava sossegadito dentro da mala lá a tratar de coisas da vida dele) por não estar a fazer o serviço que lhe compete.
E demorar uns longos segundos até reparar que está mentalmente a descompor o objecto errado.
Senil... estou a ficar senil...