segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Ensaios de gente
Fechas os olhos com muita força enquanto ensaias umas gargalhadas bem sonoras. Manténs essa expressão por algum tempo enquanto tentas em vão abraçar o vento. De braços estendidos. Mãos abertas e dedos esticados. Olhos fechados. Um sorriso aberto, feliz, ingénuo. Soltas umas palavras que ninguém entende mas a julgar pela tua expressão são de contentamento. Até que finalmente chego até ti e te abraço. Sinto os teus braços em torno no meu pescoço que com força apertas. E assim ficas, num dos raros momentos em que resolves dar tréguas aos bichinhos carpinteiros que contigo brincam todos os dias. Ficas assim por uns instantes apenas, suspenso no meu abraço, a tua cara no meu ombro. Olhos fechados. O mesmo sorriso feliz e ingénuo. E eu dou por mim a ser embalada por ti, pela cantilena que vais cantando e que ninguém compreende e a pensar nestes pequenos nadas que são afinal tudo.
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