Pegar nas palavras escritas e esquecidas e nas lembranças de
outros tempos. Limpar-lhes o pó e colocá-las ao sol a esvoaçar. Deixar que
voltem a nós mais uma vez, e outra e outra. Regressar ao lugares de memória, podando
a nostalgia e deixando apenas ficar a essência que deu origem à escrita. Há
momentos cujo porquê já esqueci. Outros há em que ainda lhes sinto o cheiro. E
depois há surpresas escondidas que permitem um reencontro com outras palavras e
sentidos alheios. Formas de estar e de sentir, pequenas histórias de vida com magia
dentro. E, sem andar à procura, mas feliz por ter tropeçado naquele detalhe,
fico agora sem saber se celebro a alegria deste reencontro sozinha ou se
timidamente lhe digo que estou feliz por a ter reencontrado, porque afinal
ainda sinto o cheiro da magia das suas palavras. A vida muda, as pessoas mudam,
a escrita muda. A empatia não. A minha pelo menos.
terça-feira, 16 de junho de 2015
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