(Não está nada,
ainda tenho mais três semanas até ao deadline, mas a malta tem que se animar
com qualquer coisa e toooooooda a gente sabe que uma grávida também não diz
nada de jeito, tem uma memória de peixe e o seu discurso nesta fase é chato com’á
potassa, pouco variando entre lamentos por não arranjar posição para dormir ou
porque está sempre com azia, ou porque os pés são já uns trambolhos à conta da
retenção de líquidos. Somos um sumidouro de paciência, a começar pela nossa,
pois por muito que uma pessoa se queira abstrair, tudo chateia, aborrece ou
irrita, a começar pela rotineira pergunta do quanto tempo falta, acabando nas
malfadadas conversas sobre partos, com particular ênfase naqueles que a) não
correram bem; b) demoraram séculos; c) foram experiências transcendentais na
vida dos pais. Pessoas, been there, done that. Por alguma razão, eu
apaguei/recalquei parte do parto anterior, ok? Não me interessa saber o que
correu bem ou mal ou assim/assim. Já só queremos chegar à meta desta maratona.
Estamos quase em modo rastejante, a autonomia reduzida a uma hora de locomoção
ou menos e tudo o resto é insignificante face à dimensão desta barriga. O mundo pode
estar à beira do fim. A única coisa que ecoa em mim é: isto está quase. Isto
está quase. Isto está quase. Isto está quase).
* também poderia ser "in repeat", mas não me ocorre agora nenhuma música particularmente irritante. Ou melhor, até acorre mas eu já ando chata o suficiente.
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isso é uma maneira da natureza nos entusiasmar com a ideia de parir, não é? tornar a vida insuportável até só se desejar que a criança saia.
ResponderEliminarAcho que é mais ou menos por ai, sim.
ResponderEliminar:D
Está quase, e vai correr bem :)
ResponderEliminarSim, pensamento positivo (ò pra mim a fazer de conta que está tudo absolutamente sob controlo)
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