sexta-feira, 20 de julho de 2018

A vida em montra

Continuo sem conseguir compreender a necessidade de exposição daquilo que deveria ser apenas do foro familiar. Incomoda-me pensar que um dia um filho meu teria, ao alcance de todos e de qualquer um, todos os marcos da sua vida em exposição, qual cardápio de restaurante, ao sabor dos interesses de quem não o conhece. Para quando um pouco de sensatez?

2 comentários:

  1. mesmo em relação ao blogue tenho cada vez mais o sentimento de que as coisas mais profundas e preciosas perdem a graça quando não ditas pessoalmente e há sempre algo que se perde quando o metemos online. idem para as fotos dos nossos filhos, tão preciosas para quem tem o prazer de os ver crescer, mas que se tornam em qualquer coisa diferente se as pusermos à vista de todos. mais vale assumir que as vidas que valem a pena acompanhar são mesmo aquelas que nos acompanham (em contradição, tenho saudades de ler mais posts teus!)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Taziqual (como diria a minha avó). Não sinto necessidade de colocar a minha vida online. E se o primeiro ainda aparecia, a espaços no FB, o mais novo teve honras umas 3 ou 4 vezes se tanto e é porque tenho família que está longe. Eu tenho saudades de me dedicar mais a isto, limpava-me a cabeça, mas ainda acredito que voltarei a ser presença mais assídua. Quando é que eu não sei… (idem para ti)

      Eliminar