É sermos este ser irracional que se emociona ao ver uma foto
do caçula, imaginado (e quase que ouvindo) a gargalhada que ali ficou
cristalizada. É olhar os olhos sorridentes, a pose de gingão, tão crescido e
tão inocente, e pensar que queremos para sempre manter esta inocência e
simplicidade. É esquecer o turbilhão de coisas a voar pela casa, mal a porta de
se abre até que o sono leva a melhor; é sermos vencidos pelo abracinho, pelo
pedido de colo, no minuto a seguir a ter ocorrido a maior birra que há memória.
É lutar contra estas incertezas e manter a serenidade que estamos a ir na
direção certa. É viver com o coração fora do peito, oferecendo-o como escudo contra
tudo o possa ser menos bom, é sermos este ser emocional e emotivo que se comove
com as coisas mais banais e insignificantes. E é ter a certeza que não há amor
maior que este, que cresce todos os dias, um pouco mais, que não tem fim, nem
teve início e que me leva a olhar muito para além do meu próprio umbigo, num exercício
quotidiano que eu julgava não ser capaz.
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