Penso sempre que o sabes, que o intuis. Por isso não o digo. Olho-te nos olhos, dou-te um abraço bem forte, deixo-me ficar assim, amparada por ti e em silêncio. Acho que foi sempre assim ou pelo menos é assim que vou guardar na memória. Foram raras as vezes que te disse o quão importante és para mim. O quanto vejo de teu nas linhas que cosem o meu ser. Sei que discutimos muitas vezes, mas no fim nem sequer há uma trégua oficial. Ambos simplesmente sabemos que é assim. Acho que a mãe nunca compreendeu muito bem estes nossos silêncios e muitas vezes os interpretou como distância ou afastamento. Mas tu e eu sempre soubemos que não são precisas mais palavras depois de passada a tempestade. Nunca digo o quanto gosto de ti porque sei que o sabes. Da mesma forma que nunca comemorámos o dia do Pai porque és sempre Pai. O meu Pai. Todos os dias do ano. Ontem dei por mim no fim do telefonema a dizer-te que gostava muito de ti. Já tinhas desligado e sei que não me ouviste. Mas não faz mal. Eu sei que tu o sabes mesmo que eu não to diga.
terça-feira, 20 de março de 2012
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