Não é para mim. Nem para os que me rodeiam. Lá porque estou a trabalhar a partir de casa, isso não quer dizer que não trabalhe. Ou que tenha toooooooooodo o tempo do mundo para fazer tudo e mais um par de botas e que acaba por consumir por completo o tempo que eu tinha destinado para (pasme-se!) trabalhar (que ousadia!...). Pessoas do meu coração e que comigo convivem, já me custa ficar por casa, que eu sou uma criatura de exterior, sobretudo por alturas da Primavera e Verão. Custa-me ainda mais sabendo que este é o derradeiro desafio perante o qual sou colocada nas actuais circunstâncias e sabendo que muito do meu futurinho dele depende, mexe-me particularmente com o nerviosio miudinho que me estejam continuamente a solicitar para fazer coisas que poderiam perfeitamente ser feitas noutras alturas e que não seriam de certeza atendidas se eu estivesse a trabalhar na empresa. E agora que já tirei isto do meu sistema vou fazer pela vida, já que ela não anda a fazer por mim ultimamente.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Mon Diê de la France, done mua la pacience…
Se hoje eu oiço mais algum prontUS, percebesteS, ouvisteS, Tas a ver? e outras muletas tais eu acho que não respondo por mim, mas também por todos aqueles que, não sendo conhecedores profundos da língua portuguesa, têm ainda assim um carinho especial pelo falar português de forma correcta e parto para a violência…
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Deste azul que já foi meu
Conservo a essência dos dias passados. Notas de saudade, aqui e ali, sem mágoa que a pele já se encontra curtida pelo tempo. Restam os aromas e as cores. Os sons do mar revolto em noites de Inverno e pouco mais. Não sei se algum dia voltarei, sabes? Prefiro guardar-te assim, envolta em névoa, escondida debaixo da pele. Parte distante de mim que em mim habita. A lembrar um azul que já foi meu.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Previsão do estado do Temp(erament)o
Prevê-se para o dia de hoje a continuação da ocorrência de mau humor. Os níveis de antipatia podem atingir valores elevados, diminuindo de intensidade à medida que o nível de proximidade pessoal diminui. Possibilidade de ocorrência de irritabilidade, podendo passar para impaciência ao longo do dia (se não me contrariarem muito). Para amanhã espera-se que o sol reponha os níveis de seratonina, mantendo contudo o alerta amarelo para os mais próximos.
(considerem-se avisados)
(considerem-se avisados)
quarta-feira, 4 de abril de 2012
A minha vida dava uma "soap opera"
Todos temos momentos que parecem tirados de um qualquer filme de segunda categoria, com um enredo simples e um final antecipado pelo próprio título do filme, mas que pelo meio é recheado de voltas e reviravoltas, a lembrar uma qualquer soap opera americana dos anos 80. Sabemos exactamente para onde a história nos conduz, mas ainda assim não conseguimos evitar sentir uma certa empatia pelos personagens e pela narrativa. Sofremos por eles, emocionamo-nos com eles, fazemos temporariamente parte daquela história, mesmo que conscientemente saibamos que não é suposto sentir um grau de identificação tão grande por um filme menor.
A minha vida laboral tem sido assim nas últimas semanas. Muitas peripécias que eu pensava não viver na primeira pessoa, por ser um enredo próprio de uma realidade distante. O argumento, embora ainda em adaptação, sugere um história simples, igual a milhares de outras que grassam por este pais empobrecido, mas com contornos e reviravoltas desgastantes e constantes. Eu, que sempre pensei saber guardar uma distância emocional segura entre trabalho e vida pessoal, vejo estas duas vertentes imiscuírem-se dia após dia. Tudo isto desgasta. Mói cá dentro. E a distância de segurança desaparece. Já não são os carros da empresa que são selados, ou as mesas penhoradas, é um pouco de ti que é carregado sem cuidado para um qualquer camião à chuva. É a informação e desinformação que circula ao longo dos dias. Palavras como comissão de trabalhadores, fundo de garantia salarial, incumprimentos, insolvência passam a fazer parte do teu léxico e das tuas preocupações. O tempo passa e nada se decide. O futuro será com certeza bem diferente da realidade que conheço mas enquanto o final esperado não acontece, terei de aprender a conviver com as reviravoltas de um enredo que me diz mais do que gostaria, sem términus à vista e para o qual já se sabe antecipadamente o desfecho.
A minha vida laboral tem sido assim nas últimas semanas. Muitas peripécias que eu pensava não viver na primeira pessoa, por ser um enredo próprio de uma realidade distante. O argumento, embora ainda em adaptação, sugere um história simples, igual a milhares de outras que grassam por este pais empobrecido, mas com contornos e reviravoltas desgastantes e constantes. Eu, que sempre pensei saber guardar uma distância emocional segura entre trabalho e vida pessoal, vejo estas duas vertentes imiscuírem-se dia após dia. Tudo isto desgasta. Mói cá dentro. E a distância de segurança desaparece. Já não são os carros da empresa que são selados, ou as mesas penhoradas, é um pouco de ti que é carregado sem cuidado para um qualquer camião à chuva. É a informação e desinformação que circula ao longo dos dias. Palavras como comissão de trabalhadores, fundo de garantia salarial, incumprimentos, insolvência passam a fazer parte do teu léxico e das tuas preocupações. O tempo passa e nada se decide. O futuro será com certeza bem diferente da realidade que conheço mas enquanto o final esperado não acontece, terei de aprender a conviver com as reviravoltas de um enredo que me diz mais do que gostaria, sem términus à vista e para o qual já se sabe antecipadamente o desfecho.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Ultimato
Os últimos actos são (quase) sempre tresloucados. Esperam-me, portanto, mais dias de loucura. Quando isto tudo acabar, não sei como irei conviver com a normalidade.
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