Não há nada a fazer. Antes houvesse. Mas não. Resolutamente não. O tempo vai erodindo a capa que coloco, mas quase à medida que o faz, eu vou recuando também, numa dança simples que ao vaivém das marés parece copiar o movimento perpétuo. Perpétuo? Não, claro que não. Um dia irei mudar. Ainda acredito nisso. Que a alma mater que me compõe irá ceder finalmente e permitir um pouco de docilidade ao rumo dos pensamentos, esses mesmos pensamentos que se atropelam em voos vertiginosos e que muitas vezes, tantas vezes, demasiadas vezes encontram no chão o fim abrupto dos seus voos. Dou voltas em redor de mim, do que quero e do que temo, do que procuro e do que fujo, do que seguro e do que quero deixar partir e constato, com alguma, senão mesmo muita pena que não há nada a fazer… Eu sou uma contradança constante em pontas entre o que racionalmente abarco e o que emocionalmente persigo.
Sou assim…
Foto de António Silva
E não somos todos assim? Pobres daqueles que só têm certezas absolutas...
ResponderEliminarBeijocas!
Também sou mestre nessa arte da contradança. E se queres que te diga tenho a sensação de que nunca serei de maneira diferente.
ResponderEliminarEspero sinceramente que os teus pensamentos não percam as asas.
um gde beijinho de saudade