terça-feira, 27 de julho de 2010

Quando sais à rua pela manhã

Respiras profundamente, sentindo os aromas que te rodeiam. E não te dás conta mas fechas os olhos enquanto fazes. Em cadências suaves porque o tempo parou por agora, deixando-te por momentos entregue apenas ao prazer de sentir as fragrâncias que te envolvem. Manténs os olhos fechados. O tempo permanece à tua espera, sem pressa. Sem urgências, que a única urgência é tão-somente parar por uns instantes, a sentir as cores do dia. Ficas assim à porta de casa, quando sais à rua pela manhã.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Do que são feitos os sonhos?

Essa amálgama de desejos, medos e inconstâncias. Esse mundo que pertence a cada um em privado, despojado de lógica aparente e no entanto com um sentido escondido, sempre lá, sempre presente. Apetece-me fechar os olhos e deixar-me embalar pela melodia do impossível. Poisar a cabeça em ti. Sentir o teu respirar. Fazer do teu peito almofada onde me deleito a pensar em coisa nenhuma.

Do que são feitos os sonhos, se não de coisa alguma, coisa tanta, vezes sem conta. E quando adormeces, abraçado a mim, não sei o que sonhas, nem onde te levam os desejos e medos. Sei que por vezes acordo ainda com os teus braços em torno dos meus, o teu corpo junto a mim, a respiração cadenciada com a minha e uma expressão de tranquilidade no rosto.
Foto daqui