segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Retomamos a emissão normal dentro de momentos

Pois parece que, contra as minhas próprias expectativas (sempre achei que iria chegar uma altura em que simplesmente iria constatar que não ia ser possível acabar a tempo), tenho a minha dissertação pronta, já no forno da reprografia a ganhar cor, para ser entregue amanhã, um dia antes do prazo final. Depois vou guardar uma cópia da única edição de autor que farei em toda a minha vida, guarda-la muito bem guardadinha, junto ao diploma de curso, para juntos poderem conversar por toda a eternidade sobre isso de serem uns objectos muito lindos para compor prateleiras.

sábado, 19 de setembro de 2015

Quase, quase, quase, mas mesmo quase a acabar

Só falta a introdução, a conclusão, o abstract, tirar as duas últimas fotografias, formatar, passar quase um terço para anexos, rever,…


(a minha noção de "quase" é muito sui generis, admito) 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Ave Maria

Ando num limbo de sentimentos. Uma parte de mim está adormecida, calada, quieta. Outra parte em ebulição, desassossegada, desconfortável. Consigo obter alguma serenidade em pequenos momentos que me concedo enquanto fumo um cigarro e deixo o pensamento vaguear. Há pouco, cansada de mais um dia em que pouco acrescentei à vida, derrotada perante mais uma lista de gastos, enquanto fumava o meu cigarro, comecei a ouvir o cântico “Ave Maria”, que começando de mansinho, foi ganhando alento e sonoridade até preencher todo o silêncio da noite. E eu, que nunca encontrei na religião ou na espiritualidade conforto, senti uma grande serenidade interior enquanto ouvia as vozes femininas a cantá-lo. O cigarro acabou e eu continuei ali, no meio do escuro do pátio, balançando na cama de rede enquanto ia ouvindo o coro de vozes. Assim como começou, acabou e eu voltei para dentro de casa. Continua tudo na mesma. Tese por terminar, contas para pagar, futuro sem sorrir. Apenas eu fiquei um pouco mais serena. Talvez deva dar Graças a Maria por isso.