quarta-feira, 25 de julho de 2012

Saudades do tempo que ainda não partiu

Saudades de perder tempo a divagar. De perder o sentido, sem contudo deixar de caminhar. De sentir a leveza do trivial, de ignorar o relógio, sentido apenas uma brisa a bater-me na face. Tenho saudades de não pensar em nada, de me deitar sobre uma manta e deixar que as nuvens me contem uma história. Sem mais nada no pensamento a não ser que talvez vá adormecer embalada pelo som do mar ou do vento a passar pelas copas das árvores. Pensar em poesia, nos aromas que embrulharam tantos outros momentos, nas viagens que ainda não fiz ou em fotografia antigas. Em deixar emergir uma sonolência lânguida, doce, serena. E no fim, abrir os olhos, espreguiçar-me como um gato vadio, ajeitar as roupa amarrotada e seguir o meu caminho. Seja ele qual for.

Foto daqui

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pi(s)adas

Andava para aqui a ver mestrados e dou por mim a pensar em seguir as pi(s)adas do Relvas: ora com uma licenciatura pré-Bolonha, uma pós-graduação com média de 16 e 12 anos de experiência profissional na área é capaz de dar para um doutoramento na Lusófona, não? Hã?
Ah… espera! Falta-me a parte do folclore. Bolas!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Querido, mudei a casa

Estão a ver aqueles dois velhotes dos Marretas que passavam a vida a mandar vir um com o outro durante o programa? Eu estou. Há duas horas.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Por cá hoje?

Quando comprei a minha primeira casa, uma das minhas melhores amigas ofereceu-me uma planta em jeito de inauguração oficial do tasco. Desconfiando desde logo da minha incapacidade inata para cuidar de um ser vivo, escolheu cuidadosamente o tipo de planta: ficus-qualquer-coisa, e que para além de suportar períodos longos sem água estava também associada à boa fortuna (e aqui também na óptica do vil metal). Curiosamente, andei à procura de uma imagem da dita planta na net (sim, que apesar do estado vegetativo em que se encontra este blogue, ainda há por aqui um certo brio na exposição dos conteúdos), descubro não só que os ficus estão associados às figueiras, coisa que esta planta decididamente não é, e que árvores da fortuna há muitas, mas isso eu também já desconfiava. Posto isso, terão (veleidade minha supor que ainda haja quem por aqui pare) de acreditar que efectivamente tenho uma planta, a qual eu acredito é um ficus-qualquer-coisa (porque era o que estava escrito na etiqueta) e que supostamente traz boa sorte e dinheiro (porque acredito na minha amiga). Ora acontece que, estando eu alampada no sofá, dou com os olhos no estado lastimável em que se encontra a planta, que segundo a minha amiga seria quase auto-sustentável, bastando para sobreviver apenas umas meras gotinhas de água a amiúde. Eu cá não sou bióloga, nem tenho formação em botânica, mas quer-me cá parecer que aquilo se parece perigosamente com uma planta às portas da morte. E isto fez-me pensar na evolução das minhas finanças, as quais curiosamente acompanharam a curva de declínio do meu ficus-qualquer-coisa. Como não há meio de me sair o euromilhões, então talvez a solução passe por regar a plantar, mas coisa pouca, que a pequena não está habituada à abundância e nestas coisas é melhor ir com calma, tudo a bem da saúde da planta, claro, que eu cá posso perfeitamente continuar a viver do ar. E a gostar muito de plantas, sobretudo daquelas que sobrevivem a longos períodos de míngua. Um pouco como este blogue.