quinta-feira, 18 de março de 2010

Do silêncio #3

Foto daqui
Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.

Eugénio de Andrade

2 comentários:

  1. Também gosto muito de Eugénio de Andrade. Escreve docemente sobre coisas sérias.

    um beijinho para ti

    PS- volta sempre. Respondi-te por lá

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  2. O meu poeta nacional de eleição .)

    XinXin

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