quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Os palhaços e o circo

Anda tudo ao mesmo. “Não há dinheiro” dizem. Para se ter um ensino de qualidade é preciso recorrer a outras formas de financiamento. Por isso aumentam-se as propinas. “Não há dinheiro” insistem. Por isso recusam-se prorrogações de prazos para entrega de dissertações, ainda que as propinas já pagas incluam o período de tempo para o qual se pediu adiamento, e obrigando, por isso, a nova inscrição (e novo pagamento de propinas). “Não há dinheiro” reiteram. Para a instituição obter/manter a credibilidade junto dos seus pares é importante a apresentação de artigos em conferências. Por isso pede-se para serem os alunos a suportarem todas as despesas inerentes a esse processo, sem qualquer tipo de ajuda ou isenção financeira. O problema não é apenas a falta de dinheiro e de financiamento. O problema é que, andando tudo ao mesmo, há os que gostam de palhaçadas e os que preferem outro tipo de divertimento. E calha dar-se o caso de eu não gostar de ir ao circo.

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