terça-feira, 7 de abril de 2015

Deste cansaço que não tem fim…

Nesta longa cadeia de acontecimentos que parece não ter fim, dou por mim sem saber para que lado ir, que opções tomar, com pouca convicção que o que quer que almeje, sonhe ou empreenda venha a correr bem. Nem sei bem quando é que deixei de acreditar que as coisas podem dar certo. Sou de colocar as raízes no chão e deixar voar as folhas e as sementes ao sabor do vento, mas à medida que as tempestades passam por mim a uma cadência mais rápida que a minha capacidade de regeneração, dou por mim a baloiçar cada vez mais, com cada vez menos certezas se as opções a tomar são certas ou se ainda me trarão mais amargos de boca. Sinto-me cansada, gostava que o mundo, as preocupações e todas as restantes urgências parassem por um tempo. Apenas o tempo suficiente para poder voltar a assentar as minhas raízes, descansar as pernas e voltar a desenhar sonhos. Mais triste do que não ter sonhos é sentir que estamos a perder a vontade de os criar sequer. Talvez mais tarde eu olhe para trás e veja que esta foi apenas uma fase muito má. Talvez volte a sonhar e a apreciar o tempo a passar devagar. Mas agora, e cada vez mais, o que me domina é este cansaço, este peso nos ombros, esta falta de vontade de sorrir e de olhar para o futuro de forma despreocupada e simples. Preciso novamente de tomar opções, de decidir rumos de vida e, se até aqui fui conseguindo levar a coisa com optimismo, neste momento não faço a mínima ideia de qual será o melhor rumo. A não ser que tenho forçosamente de tomar um. E rápido. E sinto as pernas tão cansadas…

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