sexta-feira, 24 de julho de 2015

O nirvana educacional

Normalmente durante as conversas em que o tema é enumerar os talentos dos filhos, fico calada. O meu filho tem 4 anos e ainda é trapalhão a falar. Não fala inglês, embora por vezes ainda se expresse em dialectos fantástico-incompreensíveis. Quando é para correr, fica sentado. Quando é para sentar, desata a correr. Só conhece os números até ao 10, sendo que não há vida para além do 20. Anda na natação e o que faz de melhor é chapinhar na água, embora seja muito bom a molhar toda a gente. Não sabe ler, não conhece as letras, nem escrever o seu nome. Também não faz desenhos lindos, nem pinta dentro do contorno. Tanto mundo lá fora à espreita e o raio do miúdo ainda não descobriu algo que me faça brilhar como mãe nessas conversas de recreio parentais, sendo que, obviamente, serei tanto melhor mãe, quantos mais talentoso o meu filho for. Contudo, tudo mudou desde ontem. Agora sim. Posso entrar de peito feito nas conversas sobre “o meu filho é híper-super-mega-especial. Sou mesmo uma mãe cheia de sorte por ter um filho tão precoce”. Descobri que o meu filho consegue matar moscas com um martelo pequenino. Tanto adulto que não consegue com um mata-moscas normal e ele, com apenas 4 anos, mata as moscas à primeira tentativa com um martelito com um diâmetro de uma moeda de 1 euro. É o céu. O nirvana. Agora já posso deixar as janelas abertas.

5 comentários:

  1. Yay! É sobredotado! :D

    (não te arrelies, as crianças são crianças, e cada uma cresce ao seu ritmo)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu não me arrelio, apenas rebolo muito os olhos quando as conversas vão para aí. Mas fiquei supreendida com a ligeireza com que fez a matança. E convenhamos, sempre poupo no insecticida :DDDD

      Eliminar
    2. E é um espectáculo, olha que os meus sobrinhos, aos 4 anos, só sabiam fazer bem barulho :P

      Eliminar