domingo, 6 de setembro de 2009
As palavras
sábado, 8 de agosto de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Estados do tempo
E depois…depois o sol volta sempre a brilhar e o céu a ficar a descoberto. Outras mais virão. No seu tempo próprio. Independentemente da estação do ano ou dos nossos desejos. Resta-nos procurar um chapéu ou refúgio ou deixar a chuva simplesmente cair sobre o corpo, sobre a face, sobre aquilo que não quisemos salvaguardar. Mas a opção é sempre nossa, na certeza que na sua inconstância há sempre algo que se repete de alguma forma.
Quer queiramos, quer não.

Foto de Bruno Silva
quinta-feira, 23 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
Neste cais de onde te aceno
Quantos mais barcos de papel lançarei no teu mar?
domingo, 28 de junho de 2009
Os lugares onde não regressamos
sexta-feira, 27 de março de 2009
Retratos de uma outra urbanidade
Sempre gostei da paisagem à beira rio. Os retratos de tempos idos em que as pessoas se banhavam sem receios nas margens do Tejo sempre me fascinaram. Fazem parte daqueles momentos que, embora não tendo presenciado, me transmitem contudo alguma nostalgia. Talvez por pensar que pertenceram a tempos menos complicados, mais pueris, envolto nas simplicidades das vontades singelas.
Eis senão quando sou surpreendida pela naturalidade de uns miúdos que tendo o Verão dado os primeiros sinais de vida, resolveram fazer algo para combater o calor da hora de almoço. E mesmo com calções de banho improvisados e sem toalha é vê-los a tomar banho nas águas do Tejo. Considerações à parte quanto à qualidade das águas e aos perigos da corrente, não pude deixar de sorrir.
Cristalizasse eu esses momentos a sépia e poderia sem grande dificuldade guardar um bocado de tempo suspenso que facilmente poderia ser confundido com esses retratos de tempos mais longínquos...
sexta-feira, 20 de março de 2009
Chega de mansinho a Primavera
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Da minha janela
Oiço as conversas domingueiras da vizinhança na escadaria estreita da ermida.
Sinto o calor do sol que em tantas tardes frias de inverno me aqueceu a alma.
Contemplo as cercanias, troco olhares com a serra de Sintra que ao longe se destaca com a Peninha como baluarte e relembro essa velha promessa ainda não cumprida de ir até lá.
Entrego-me aos pensamentos. Outras vezes fujo deles, abstraio-me da sua perseguição e deixo-me ficar à espera que a aquela paz interior que sentimos quando nada mais nos perturba resolva fazer-me companhia. Mas ultimamente ela anda arredia. Volto uma e outra vez à sua procura e não a encontro. Fico no silêncio e deixo que o barulho da noite me envolva na esperança de a sentir chegar. Mas ultimamente acabo por fechar a janela sem ter o prazer da sua presença. Despeço-me de Sintra, dos telhados e chaminés fumegantes. Das sombras prateadas da noite. Do barulho do silêncio. E respiro fundo.
Quem sabe amanhã? Volto atrás e acabo por deixar a janela entreaberta…
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Travessa do Cais Azul
A partida de um momento é simultaneamente saudada pela chegada de outros. Como se de um cais se tratasse, num quase movimento perpétuo de vivências. Dessas persigo as que conferem a tonalidade azul dos meus dias.
Este é portanto o meu ponto de encontro. E teria sempre de ser uma travessa, porque nada é linear, muito menos os pensamentos…