Quando numa próxima entrevista, sobretudo se resultar de um anúncio do IEFP, me perguntarem pela
experiência profissional vou simplesmente responder: Vera Pereira,
muito prazer!
terça-feira, 28 de agosto de 2012
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Saudades do tempo que ainda não partiu
Saudades de perder tempo a divagar. De perder o sentido, sem
contudo deixar de caminhar. De sentir a leveza do trivial, de ignorar o
relógio, sentido apenas uma brisa a bater-me na face. Tenho saudades de não
pensar em nada, de me deitar sobre uma manta e deixar que as nuvens me contem
uma história. Sem mais nada no pensamento a não ser que talvez vá adormecer
embalada pelo som do mar ou do vento a passar pelas copas das árvores. Pensar
em poesia, nos aromas que embrulharam tantos outros momentos, nas viagens que ainda não fiz ou
em fotografia antigas. Em deixar emergir uma sonolência lânguida, doce, serena.
E no fim, abrir os olhos, espreguiçar-me como um gato vadio, ajeitar as roupa
amarrotada e seguir o meu caminho. Seja ele qual for.
![]() |
Foto daqui |
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Pi(s)adas
Andava para aqui a ver mestrados e dou por mim a pensar em seguir as pi(s)adas do Relvas: ora com uma licenciatura pré-Bolonha, uma pós-graduação com média de 16 e 12 anos de experiência profissional na área é capaz de dar para um doutoramento na Lusófona, não? Hã?
Ah… espera! Falta-me a parte do folclore. Bolas!
Ah… espera! Falta-me a parte do folclore. Bolas!
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Querido, mudei a casa
Estão a ver aqueles dois velhotes dos Marretas que passavam
a vida a mandar vir um com o outro durante o programa? Eu estou. Há duas horas.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Por cá hoje?
Quando comprei a minha primeira casa, uma das minhas
melhores amigas ofereceu-me uma planta em jeito de inauguração oficial do
tasco. Desconfiando desde logo da minha incapacidade inata para cuidar de um
ser vivo, escolheu cuidadosamente o tipo de planta: ficus-qualquer-coisa, e que
para além de suportar períodos longos sem água estava também associada à boa
fortuna (e aqui também na óptica do vil metal). Curiosamente, andei à procura
de uma imagem da dita planta na net (sim, que apesar do estado vegetativo em
que se encontra este blogue, ainda há por aqui um certo brio na exposição dos conteúdos),
descubro não só que os ficus estão associados às figueiras, coisa que esta
planta decididamente não é, e que árvores da fortuna há muitas, mas isso eu
também já desconfiava. Posto isso, terão (veleidade minha supor que ainda haja
quem por aqui pare) de acreditar que efectivamente tenho uma planta, a qual eu
acredito é um ficus-qualquer-coisa (porque era o que estava escrito na etiqueta)
e que supostamente traz boa sorte e dinheiro (porque acredito na minha amiga). Ora
acontece que, estando eu alampada no sofá, dou com os olhos no estado lastimável
em que se encontra a planta, que segundo a minha amiga seria quase
auto-sustentável, bastando para sobreviver apenas umas meras gotinhas de água a
amiúde. Eu cá não sou bióloga, nem tenho formação em botânica, mas quer-me cá
parecer que aquilo se parece perigosamente com uma planta às portas da morte. E
isto fez-me pensar na evolução das minhas finanças, as quais curiosamente
acompanharam a curva de declínio do meu ficus-qualquer-coisa. Como não há meio
de me sair o euromilhões, então talvez a solução passe por regar a plantar, mas
coisa pouca, que a pequena não está habituada à abundância e nestas coisas é
melhor ir com calma, tudo a bem da saúde da planta, claro, que eu cá posso
perfeitamente continuar a viver do ar. E a gostar muito de plantas, sobretudo
daquelas que sobrevivem a longos períodos de míngua. Um pouco como este blogue.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Pormenores
A diferença não é o que fica depois de se subtrair o que não
interessa, mas o que se acrescenta quando tudo o resto parece igual.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Bruxas
Eh pá, vocês já me deslargavam, não? É que paciência tem
limites e a minha, que é sobejamente conhecida por ser finita e pequenina, já
está a trabalhar em sobre esforço para compensar (e não começar eu a
descompensar). Toda esta história das coincidências é muito gira, muito
engraçada, ai a simultaneidade dos acasos e tudo e tudo e tudo, mas (e sublinho
o “mas”) chateia-me, aborrece-me de sobremaneira, quando o universo se organiza
para literalmente me deixar na penúria. Há quem consiga viver com o mínimo, mas
senhoras, eu ainda preciso do essencial: comida, casa, água e luz e uma vez que
não posso pagar com palavras, seria simpático de vossa parte, ir atazanar para
outra freguesia. Vá, ide, ide….e não volteis.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Perfect world
Num mundo perfeito eu estaria agora numa cama de rede, baloiçando vagarosamente ao sabor de uma brisa quente.
terça-feira, 29 de maio de 2012
O absurdo manda cumprimentos
Há quem coma o pão que o diabo amassou. Eu hoje comi pó. Muito.
E vi-me grega para voltar à minha côr natural. Começo a desconfiar que tudo
isto anda interligado. Pelo sim, pelo não, vou comprar requeijão e doce de
abóbora não me vá dar uma fome daquelas e eu sem acompanhamento.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Profissão: mãe
6h45m – Toca o despertador. Às vezes (poucas) a palrar. Mais
frequentemente a toque de choro.
7h00 – coloca-se a chucha, faz-se festinhas na cabeça e sai-se em bicos de pés
7h15 – toca o outro despertador, que há quem ainda tenha emprego nesta casa.
7h30 – Voltamos a palrar/chorar com mais intensidade. Dou por terminada a minha tentativa de dormir um pouco mais.
7h45- preparo o pequeno-almoço do piqueno. O graúdo que se desenrasque.
7h50 – começo a dar o pequeno-almoço
8h00 – o graúdo toma o seu pequeno-almoço.
8h15 – o graúdo acaba de tomar o seu pequeno-almoço e sai para trabalhar
8h30 – acabo de dar o pequeno-almoço ao piqueno, à mesa, ao chão, a mim própria.
8h40 – vou tomar banho
9h- solto a fera que estava no parque, depois de ter derramado 2 litros de choro enquanto eu tomava banho. Os inúmeros brinquedos que estavam no parque foram projectados para todo o lado, alguns dignos de marca olímpica.
10h – vou sair com o piqueno. A calçada portuguesa óptima para cansar a fera…ou não.
12h30 – começo a dar o almoço ao piqueno. O graúdo, diz que vem almoçar a casa. Olho para a dispensa e confirmo que lhe arranjo um suculento almoço enquanto olho para as latas de conservas.
13h15 – acabo de dar o almoço ao piqueno, à mesa, ao chão, a mim própria.
13h30 – vou adormecer a fera.
13h45 – continuo a adormecer a fera
14h – a fera adormece por fim e volto para a cozinha para fazer o almoço do graúdo.
14h30 – almoço
15h- começo a arrumar a cozinha e a fazer a sopa para o piqueno
16h- acabo as tarefas domésticas e sento-me ao computador.
16h15 – a fera acorda
16h30 – vou dar o lanche à fera.
17h15-acabo de dar lanche à fera, à mesa, ao chão, a mim própria.
17h30 – solto a fera e passo as próximas 2 horas a impedir todos os disparates e mais alguns que se possa imaginar.
19h30 – chega o graúdo
19h45 – vou dar banho à fera, ao chão, a mim própria
20h15 – vou dar o jantar à fera e a tudo o mais num raio de 2 metros dele.
21h00 – vou adormecer a fera.
21h30 – continuo a adormecer a fera
22h – a fera finalmente adormece.
22h15 – sento-me no sofá para estupidificar um pouco em frente à televisão
22h30 – adormeço exausta no sofá
7h00 – coloca-se a chucha, faz-se festinhas na cabeça e sai-se em bicos de pés
7h15 – toca o outro despertador, que há quem ainda tenha emprego nesta casa.
7h30 – Voltamos a palrar/chorar com mais intensidade. Dou por terminada a minha tentativa de dormir um pouco mais.
7h45- preparo o pequeno-almoço do piqueno. O graúdo que se desenrasque.
7h50 – começo a dar o pequeno-almoço
8h00 – o graúdo toma o seu pequeno-almoço.
8h15 – o graúdo acaba de tomar o seu pequeno-almoço e sai para trabalhar
8h30 – acabo de dar o pequeno-almoço ao piqueno, à mesa, ao chão, a mim própria.
8h40 – vou tomar banho
9h- solto a fera que estava no parque, depois de ter derramado 2 litros de choro enquanto eu tomava banho. Os inúmeros brinquedos que estavam no parque foram projectados para todo o lado, alguns dignos de marca olímpica.
10h – vou sair com o piqueno. A calçada portuguesa óptima para cansar a fera…ou não.
12h30 – começo a dar o almoço ao piqueno. O graúdo, diz que vem almoçar a casa. Olho para a dispensa e confirmo que lhe arranjo um suculento almoço enquanto olho para as latas de conservas.
13h15 – acabo de dar o almoço ao piqueno, à mesa, ao chão, a mim própria.
13h30 – vou adormecer a fera.
13h45 – continuo a adormecer a fera
14h – a fera adormece por fim e volto para a cozinha para fazer o almoço do graúdo.
14h30 – almoço
15h- começo a arrumar a cozinha e a fazer a sopa para o piqueno
16h- acabo as tarefas domésticas e sento-me ao computador.
16h15 – a fera acorda
16h30 – vou dar o lanche à fera.
17h15-acabo de dar lanche à fera, à mesa, ao chão, a mim própria.
17h30 – solto a fera e passo as próximas 2 horas a impedir todos os disparates e mais alguns que se possa imaginar.
19h30 – chega o graúdo
19h45 – vou dar banho à fera, ao chão, a mim própria
20h15 – vou dar o jantar à fera e a tudo o mais num raio de 2 metros dele.
21h00 – vou adormecer a fera.
21h30 – continuo a adormecer a fera
22h – a fera finalmente adormece.
22h15 – sento-me no sofá para estupidificar um pouco em frente à televisão
22h30 – adormeço exausta no sofá
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