segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Ténis de mesa
Se há coisa para a
qual não tenho paciência é para ténis de mesa. Sistema informático em baixa: utente
paga a taxa máxima. Ping. Contacto com a entidade prestadora de serviços: não fazemos
reembolsos. Contacte os serviços médicos do sindicato. Pong. Sem declaração da
entidade prestadora a indicar a causa de ter pago a taxa máxima, não há
reembolso. Ping. Novo pedido de declaração sobre a causa de não pagamento.
Pong. Aguarde pelo envio da mesma. Depois ainda há que preencher 3500 papeis a
explicar tuuuuuuuuuudo muito bem explicadinho e esperar para que o pedido de
reembolso seja aceite. Ping. E entretanto a malta vai pagando e não bufando. Até
ao dia em que se resolve partir a mesa toda. E depois dizem que tenho mau
perder.Pong.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Os palhaços e o circo
Anda tudo ao mesmo.
“Não há dinheiro” dizem. Para se ter um ensino de qualidade é preciso recorrer
a outras formas de financiamento. Por isso aumentam-se as propinas. “Não há
dinheiro” insistem. Por isso recusam-se prorrogações de prazos para entrega de
dissertações, ainda que as propinas já pagas incluam o período de tempo para o
qual se pediu adiamento, e obrigando, por isso, a nova inscrição (e novo
pagamento de propinas). “Não há dinheiro” reiteram. Para a instituição obter/manter a credibilidade junto dos seus pares é importante a apresentação de artigos em conferências. Por isso
pede-se para serem os alunos a suportarem todas as despesas inerentes a esse
processo, sem qualquer tipo de ajuda ou isenção financeira. O problema não é
apenas a falta de dinheiro e de financiamento. O problema é que, andando tudo
ao mesmo, há os que gostam de palhaçadas e os que preferem outro tipo de
divertimento. E calha dar-se o caso de eu não gostar de ir ao circo.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Tic-tac, tic-tac,… sim, sim, era mesmo disto que eu estava a precisar
Senhores da IKEA,
Obrigada, mas dispenso a pressão para criar uma frase toda catita,
que vocês depois irão usar como bem vos aprouver. Gosto de vocês, a sério que
gosto. Até tenho imensa coisa vossa aqui em casa, mas convenhamos, perder o meu
tempo (tic-tac, tic-tac) a pensar em algo para vosso benefício, apenas para ter a honra suprema de
receber o vosso catálogo dias ou semanas antes dos outros (não membros),
digamos que é assim… como direi… pouco estimulante. Lamento. Continuo a gostar
de vocês, mas se querem mesmo que eu perca tempo com coisas desse género,
talvez fosse melhor elevar um pouco mais a fasquia.
De nada.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
O fim do mundo em cuecas
As novas ideias de negócio criadas a partir das plataformas web.
A-D-O-R-O. Normalmente dão origem a umas boas gargalhadas.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Já dizia Sócrates
Durante anos saí
diariamente na Cidade Universitária. Muitas vezes ensonada, outras apenas
cansada, mas quase sempre expectante em relação ao dia que ia ter. E
invariavelmente, à semelhança dos outros milhares que por ali passam diariamente,
era confrontada com a célebre frase de Sócrates “não sou grego nem ateniense
mas sim um cidadão do mundo”. Tantas vezes dei por mim a pensar em ganhar
mundo, em conhecer melhor o que estava para lá do aparente, do quotidiano, das
minhas fronteiras. Eu, que sempre tive tantos limites para ultrapassar, via
naquela frase uma espécie de libertação, que me fazia sorrir.
Agora já não passo pela Cidade Universitária. Em vez disso, nesta ruralidade que me envolve, olho para o calendário e reparo que estás cada vez mais perto de iniciar uma nova etapa. Cá dentro mora um sentimento de ambiguidade. Se por um lado me sinto feliz por te ver a crescer, e a data que se aproxima no calendário é apenas mais uma constatação disso, por outro lado tomo consciência que és cada vez mais do mundo e menos “nosso”. Até aqui acompanhei todas as tuas conquistas, vi-te cair muitas vezes, deixei-te cair em algumas e evitei outras tantas, mas em todas estive presente. Agora tenho de aprender a que é altura de saíres debaixo das minhas saias, ganhares o teu espaço, fazeres as tuas descobertas, ansiar pelas histórias que irás trazer no fim do dia. É altura de começares a ganhar mundo (e se o mundo tem tanto para oferecer!). Porque afinal, embora sejas sempre uma parte de mim, és também cada vez mais dos outros, do que te rodeia e sobretudo és cada vez mais tu próprio.
Agora já não passo pela Cidade Universitária. Em vez disso, nesta ruralidade que me envolve, olho para o calendário e reparo que estás cada vez mais perto de iniciar uma nova etapa. Cá dentro mora um sentimento de ambiguidade. Se por um lado me sinto feliz por te ver a crescer, e a data que se aproxima no calendário é apenas mais uma constatação disso, por outro lado tomo consciência que és cada vez mais do mundo e menos “nosso”. Até aqui acompanhei todas as tuas conquistas, vi-te cair muitas vezes, deixei-te cair em algumas e evitei outras tantas, mas em todas estive presente. Agora tenho de aprender a que é altura de saíres debaixo das minhas saias, ganhares o teu espaço, fazeres as tuas descobertas, ansiar pelas histórias que irás trazer no fim do dia. É altura de começares a ganhar mundo (e se o mundo tem tanto para oferecer!). Porque afinal, embora sejas sempre uma parte de mim, és também cada vez mais dos outros, do que te rodeia e sobretudo és cada vez mais tu próprio.
terça-feira, 17 de junho de 2014
Here we go again
Ano em que não tenha de ir às finanças explicar
divergências no IRS não é um ano normal. E lá vou outra vez, de papel em riste,
mostrar o que me foi enviado pelas entidades competentes e que o sistema diz
que não, que não pode ser. A sério, gente, isto cansa. Toooooooodos os anos é a
mesma coisa. Já estou a ver que vou ter de esperar outra vez por Agosto para
ver a cor dele. Triste sina a minha…
terça-feira, 10 de junho de 2014
Xi Patrão!
Este blogue anda mesmo aos caídos… Bom, vamos lá limpar o
pó, passar a esfregona pelo chão e limpar as teias de aranha. Ando a precisar,
novamente, de ter um poiso onde possa perder algum tempo a dizer coisa nenhuma,
para bem da minha sanidade mental. ProntUS, já puxei de uma cadeira. Agora é só
deixar a parvoíce sair, ou entrar, que isto da vida é tudo muito relativo e
depende sempre do ponto de vista do parvo (parva, neste caso) em causa. Prevejo
a aproximação de tempos em que a qualidade e originalidade do discurso vai
variar entre o mauzinho e o sofrível, decaindo para o medíocre nas alturas em
que sentir que estou claramente a descompensar. Mas, que andas tu a fazer, Anna
Blue, que te leva assim o discernimento? Bem, para além de estar a trabalhar
10h por dia, ter a tese de mestrado para escrever, pretender ser um membro
desta família minimamente presente e ainda conseguir a proeza de não deixar acabar
as meias e cuecas limpas*, basicamente tento dormir. Mas como ando à base
de cafés e muito stressadinha da silva, para além disto tudo ainda tenho
insónias. E o que faz uma pessoa com insónias? O que é? O que é? Ora bem, vai
limpar qualquer coisa, só assim naquela de cansar mais o esqueleto e dormir melhor. E
prontUS! Com este maravilhoso final, faço a ligação com o início do post e dou
por concluída a primeira parte desta trágico-comédia. À suivre...
*(e a fineza deste post que na mesma frase junta mestrado, meias e cuecas, hã?)
*(e a fineza deste post que na mesma frase junta mestrado, meias e cuecas, hã?)
sexta-feira, 4 de abril de 2014
quarta-feira, 5 de março de 2014
Disto de sair do país
Neste momento podia ter
uma vida material melhor se tivesse aceitado uma proposta de trabalho no
estrangeiro. Mas seria para mim impossível viver longe do meu filho. Levá-lo
comigo e perder a ligação aos avós e ao pai seria igualmente incomportável.
Levá-los ambos comigo não se traduziria em melhoria financeira uma vez que iria
para uma das cidades mais caras do mundo, onde a educação com o mínimo de
qualidade apenas é possível no sector privado e a preços exorbitantes.
Para mim a emigração não é solução.
Sei que não seria capaz de suportar a distância e a ausência. É por isso que, sempre que sei que mais alguém das minhas relações emigrou, fico triste e não consigo deixar de pensar que se trata de pessoas grandes, maiores, capazes de segurar amordaçado o coração e aguentar a saudade do lado de lá do skype. Eu não sou capaz. Talvez tenha de comer o pão que o diabo amassou, ou talvez não possa proporcionar uma pequena parte do que sonhei para o meu filho, mas sei que, enquanto puder vê-lo acordar de manhã feliz, isso é e será sempre a validação desta decisão. Triste país este que obriga a tantas partidas e a tanta ausência.
Merecíamos melhor.
Todos nós.
Para mim a emigração não é solução.
Sei que não seria capaz de suportar a distância e a ausência. É por isso que, sempre que sei que mais alguém das minhas relações emigrou, fico triste e não consigo deixar de pensar que se trata de pessoas grandes, maiores, capazes de segurar amordaçado o coração e aguentar a saudade do lado de lá do skype. Eu não sou capaz. Talvez tenha de comer o pão que o diabo amassou, ou talvez não possa proporcionar uma pequena parte do que sonhei para o meu filho, mas sei que, enquanto puder vê-lo acordar de manhã feliz, isso é e será sempre a validação desta decisão. Triste país este que obriga a tantas partidas e a tanta ausência.
Merecíamos melhor.
Todos nós.
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