terça-feira, 19 de novembro de 2019
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Pequenos prazeres que me definem
Fazer pequenos trabalhos manuais. Conjugar tecidos, materiais,
cores e formas. Dormir 8 horas. O cheiro das castanhas cozidas pela casa. O
abraço deles. O cheiro deles. O riso deles. Caminhar pelo meio de paisagens de
Outono. Escolher uma roupa bonita. Enroscar-me no sofá a ver um filme lamechas.
Espreguiçar-me. Caminhar ao pé do mar. Não ter horários. Tomar aquele café com
aquela pessoa. Desligar o telemóvel. Procrastinar. Sentir o sol no corpo. Caminhar
devagar. Silêncios. Ouvir a Radar. Ter tempo para mim. Escrever aqui.
(às vezes, quando o mundo começa a girar demasiado depressa e eu tenho dificuldade em acompanhar, penso em algumas destas coisas. Às vezes resulta. Outras vezes nem por isso e fico ainda mais para trás. Mas quando resulta... quando resulta eu volto sentir aquela serenidade, como se um abraço me envolvesse e uma voz me dissesse "vai tudo correr bem")
domingo, 3 de novembro de 2019
Desta viagem
Sempre que penso que é desta que as coisas começam a acalmar, eis que surge mais um turbilhão de sentimentos, de dúvidas, incertezas, angústias, caminhos longos e esburacados. Tenho percorrido uma boa parte dos problemas deste país na primeira pessoa, e agora na parentalidade também. Certezas não há nenhumas, apenas o meu instinto, que não tendo validade cientifica nenhuma, ainda assim me faz acreditar que no fim isto tudo vai dar certo. E é com este farol, esta esperança, que vamos iniciar mais um admirável mundo novo: o do espectro do autismo.
Pois bem... bring it on.
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
quinta-feira, 29 de agosto de 2019
Guilty
Um dorme o sono dos inocentes. Outro tem uma taça de pipocas à frente enquanto vê um dos inúmeros filmes que estão gravados na box. "Mãe, vem ver comigo este filme!". Não posso... Tenho que trabalhar, mas fico aqui na mesa atrás de ti e faço-te companhia.
Estou há meia hora a procrastinar e a comer pipocas numa taça ao pé do computador. O único som que se ouvem é o das pipocas a serem mastigadas. Por mim e por ele. Ambos a aperfeiçoar a arte de não fazer nada. Ele no sofá. Eu em frente a um computador. A calma reina por algum tempo nesta casa e eu delicio-me a ouvir o som das pipocas a serem comidas. Sei que mais tarde vou ter de recuperar este tempo perfeitamente inútil e que mais noitadas se avizinham, mas... ouve-se o som das pipocas. E há momentos que dificilmente se repetem...
Estou há meia hora a procrastinar e a comer pipocas numa taça ao pé do computador. O único som que se ouvem é o das pipocas a serem mastigadas. Por mim e por ele. Ambos a aperfeiçoar a arte de não fazer nada. Ele no sofá. Eu em frente a um computador. A calma reina por algum tempo nesta casa e eu delicio-me a ouvir o som das pipocas a serem comidas. Sei que mais tarde vou ter de recuperar este tempo perfeitamente inútil e que mais noitadas se avizinham, mas... ouve-se o som das pipocas. E há momentos que dificilmente se repetem...
quarta-feira, 7 de agosto de 2019
Regresso a casa
Uma parte importante de mim está aqui. E é aqui que regresso depois de um ano em que muita água passou debaixo da ponte.
Cá estamos. Cá continuamos.
Siga a vida.
Cá estamos. Cá continuamos.
Siga a vida.
sexta-feira, 20 de julho de 2018
A vida em montra
Continuo sem conseguir compreender a necessidade de exposição daquilo que deveria ser apenas do foro familiar. Incomoda-me pensar que um dia um filho meu teria, ao alcance de todos e de qualquer um, todos os marcos da sua vida em exposição, qual cardápio de restaurante, ao sabor dos interesses de quem não o conhece. Para quando um pouco de sensatez?
sexta-feira, 15 de junho de 2018
Da empatia ou do que lhe queiramos chamar
Há situações, momentos, histórias de vida que me entram directamente neste buraquinho que tenho no peito, em mim permanecem e me cobrem de tristeza, e eu, que sempre me conheci forte e resiliente, deixo-me levar, maldigo a puta da má sina da história que me chega e afundo-me num silêncio de lágrimas. Já aqui o disse que a maternidade abriu em mim uma espécie de via rápida para a emoção, e certos "pormaiores" tocam-me particularmente, denunciam uma fragilidade talvez latente, talvez sempre existente mas não reconhecida até então. E um medo… um medo que nego sempre, mas que aqui vive, porque somos apenas passagem.
"Mãe, nós somos ricos não somos?...temos-nos uns aos outros, não é? A nossa família, não é?" hoje, depois de o deixar na escola fiquei a matutar nisto, que sendo uma coisa que lhe digo frequentemente, não tem por hábito repetir. Hoje, já depois de matutar nisto, soube que uma colega de escola dele tinha ficado órfã. Não sei se a conhece ou se brinca com ela. SE a pergunta que me fez resultou de algo que ouviu. Ou se foi mera coincidência. Mas hoje, hoje, mais do que nunca, tenho uma tristeza que não me abandona e apenas uma pergunta: porquê?
"Mãe, nós somos ricos não somos?...temos-nos uns aos outros, não é? A nossa família, não é?" hoje, depois de o deixar na escola fiquei a matutar nisto, que sendo uma coisa que lhe digo frequentemente, não tem por hábito repetir. Hoje, já depois de matutar nisto, soube que uma colega de escola dele tinha ficado órfã. Não sei se a conhece ou se brinca com ela. SE a pergunta que me fez resultou de algo que ouviu. Ou se foi mera coincidência. Mas hoje, hoje, mais do que nunca, tenho uma tristeza que não me abandona e apenas uma pergunta: porquê?
quinta-feira, 19 de abril de 2018
Uma canseira
Demora-se taaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaanto tempo a provar que somos mesmo nós aqui aos comandos da aeronave, que quando o blogger finalmente percebe quem nós somos, já se passaram os 5 minutos que tínhamos livres para dizer ao mundo uma série de coisas importantes, como só nós sabemos dizer, daquela maneira eloquente, inconfundível e sobretudo inesquecível, que nos caracteriza, perante uma plateia em suspenso diante da grandeza do que para aí vem que...
...uma p'ssoa simplesmente abana a cabeça, olha com um suspiro para a cruz no canto superior direito e faz aquilo que tem de ser feito.
Ainda não foi desta que soltei a verborreia mental que me assola e que sente ganas de ver a luz do dia, mas também não importa muito porque a bendizer antes assim do que perder mais tempo para dizer coisa nenhuma.
Haveremos de cá voltar, mas por enquanto vou dar tréguas à inutilidade e sair da mesma maneira que cheguei: sem dizer nada de importante e ainda irritada com o tempo que perdi estupidamente.
E já agora: feliz ano novo! Yeiiii....
...uma p'ssoa simplesmente abana a cabeça, olha com um suspiro para a cruz no canto superior direito e faz aquilo que tem de ser feito.
Ainda não foi desta que soltei a verborreia mental que me assola e que sente ganas de ver a luz do dia, mas também não importa muito porque a bendizer antes assim do que perder mais tempo para dizer coisa nenhuma.
Haveremos de cá voltar, mas por enquanto vou dar tréguas à inutilidade e sair da mesma maneira que cheguei: sem dizer nada de importante e ainda irritada com o tempo que perdi estupidamente.
E já agora: feliz ano novo! Yeiiii....
quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Apenas porque sim
Apetece-me ouvir isto em repeat. Uma e outra vez. E depois novamente.
Saudades dos tempos em que podia trabalhar de fones nos ouvidos e ouvir o que me apetecia, fazer a maior salganhada musical sem ofender os ouvidos dos outros. Ainda assim sou agradecida por poder escolher a rádio que toca aqui no estaminé e sobretudo pela existência de rádios online (depois de anos a penar a ouvir a Renascença).
Assim sendo, aqui fica a minha fixação do momento.
Charlotte Gainsbourg - Deadly Valentine
Saudades dos tempos em que podia trabalhar de fones nos ouvidos e ouvir o que me apetecia, fazer a maior salganhada musical sem ofender os ouvidos dos outros. Ainda assim sou agradecida por poder escolher a rádio que toca aqui no estaminé e sobretudo pela existência de rádios online (depois de anos a penar a ouvir a Renascença).
Assim sendo, aqui fica a minha fixação do momento.
Charlotte Gainsbourg - Deadly Valentine
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