sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Constatações #5
Não, as grávidas não estão permanentemente em estado graça e
felizes. Elas enjoam, têm insónias e mudanças súbitas e violentas de humor. E
não adianta dizer o contrário. Sobretudo quando dormem cerca de 4 horas em
média por noite. Intervaladas. E quando finalmente adormecem, alguém as vem
acordar para dar recados que não são urgentes e que podiam ser ditos por
telefone. Mais tarde. E depois volta a insónia e não adianta voltar a tentar
dormir. Sim, somos um poço de doçura e encanto… quando conseguimos dormir. Por
isso, por favor, não acorde a grávida. Perigo de explosão.
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Eu bem digo que a vida me é irónica
E o
que é que eu descubro um mês após de vender o meu T3 para regressar ao meu
velhinho T2, 10 anos de infertilidade depois e à beira de entrar no “entas”?
domingo, 17 de julho de 2016
Palavras a sépia
Gosto de coleccionar momentos. Este blog mais não é do que
um mero exercício pessoal de arquivo de momentos meus, provavelmente ridículos aos
olhos de muitos, desprovidos de grande profundidade, mas que por eu, alguma razão
quero registar, mesmo sabendo que daqui a uns tempos os irei reler e reviver de
outra forma. São as minhas fotografias mentais de estados de espírito e, se passassem
pelo crivo da uma câmara escura, não seriam mais do que simples retratos preto
e branco, desfocados e sem grande enquadramento, com pouco tempo de revelador e
fixador já que, na esmagadora maioria das vezes, pouco tempo tenho para os
passar a texto como gostaria. Entre uma insónia que entretanto se instalou, e o
compasso de espera para verificar se finalmente a febre do miúdo deu tréguas,
comecei a ver um filme. Isto não seria nada de extraordinário não fosse dar-se
o caso de eu ter perdido há muito o interesse por ver filmes. O mesmo se passa
com a leitura de livros. Nem sei muito bem quando é que este divórcio começou,
simplesmente não tenho disponibilidade mental para ficar a ver alguma coisa ou
pegar num livro e começar a ler. Não sei onde se meteu aquela miúda que andava
sempre a ler livros, que se envolvia e se emocionava com a narrativa.
Desapareceu há muito. No entanto, hoje na ausência de outras alternativas
lúdicas, parei num dado canal e deixei-me ficar por ali. E aconteceu magia. Um
filme que me encheu as medidas, em todos os sentidos. Que me emocionou e me deixou a pensar, muito para além do seu fim. E isto, parecendo que
não, faz toda a diferença. Aquela miúda, hoje em corpo de mulher, parece estar
de volta. E eu tinha tantas saudades disto...
terça-feira, 12 de julho de 2016
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Pirilampos, “caga-lumes” ou “luzincus"
Uma vez, há muito tempo atrás numa noite fresca de Primavera,
dei por mim no meio do nada, rodeada de centenas de pirilampos. Foi um
momento que eu achei tão especial e mágico que ainda hoje constitui uma das minhas
mais belas recordações, tendo ocorrido numa altura em que aconteceram várias
mudanças boas na minha vida e o lado emocional dominava por completo as minhas decisões.
Contudo, outras decisões há que se tomam porque o rumo da vida assim o exige. Não são desejadas, não resultam de planos, sonhos ou ambições. São muitas vezes uma forma de resolver danos maiores, abreviar o tempo de duração dos “ses” que se atravessam no caminho. E o problema dos “ses” é que nunca têm um prazo de validade para se converterem em alguma coisa. Há alturas que sinto confiança e acredito em saltos de fé, e permito-me andar ao sabor da corrente, na esperança que as coisas se resolvam por si. Mas esta coisa de se acreditar na sorte normalmente não me corre bem e fui aprendendo a colocar a tónica cada vez mais na racionalidade e menos no lado emocional das decisões. Continuo a caminhar ao longo da linha do comboio, mas agora já não pago para ver se a luz ao fundo do túnel é mesmo uma saída, ou se é apenas (mais) um CP Carga em rota de colisão.
Contudo, outras decisões há que se tomam porque o rumo da vida assim o exige. Não são desejadas, não resultam de planos, sonhos ou ambições. São muitas vezes uma forma de resolver danos maiores, abreviar o tempo de duração dos “ses” que se atravessam no caminho. E o problema dos “ses” é que nunca têm um prazo de validade para se converterem em alguma coisa. Há alturas que sinto confiança e acredito em saltos de fé, e permito-me andar ao sabor da corrente, na esperança que as coisas se resolvam por si. Mas esta coisa de se acreditar na sorte normalmente não me corre bem e fui aprendendo a colocar a tónica cada vez mais na racionalidade e menos no lado emocional das decisões. Continuo a caminhar ao longo da linha do comboio, mas agora já não pago para ver se a luz ao fundo do túnel é mesmo uma saída, ou se é apenas (mais) um CP Carga em rota de colisão.
Amanhã vou assinar o contrato de promessa de compra e venda
desta casa. E se por um lado sei que me vou livrar de uma série de dores de
cabeça e recuperar grande parte do controlo da minha vida, por outro não deixo
de sentir que de alguma forma é uma volta atrás naquilo que ambicionei e
projectei durante algum tempo. Deixa um amargo de boca por muito que eu
racionalmente saiba que esta é a melhor solução, uma solução que me permite
readquirir novamente a capacidade de voltar a projectar outro tipo de sonhos. Racionalmente
sei que estou a fazer um bom negócio, emocionalmente tenho dúvidas. Há uns anos
atrás eu fazia o tal salto de fé. Hoje já não.
Curiosamente, nestes últimos
dias tenho tido o pátio cheio de pirilampos, coisa que em 5 anos que aqui estou
nunca tinha acontecido.
domingo, 8 de maio de 2016
E tu, Anna Blue, que contas tu?
Inadvertidamente inaugurei uma nova tendência, quiçá a nível
supra local (ò pra mim em bicos de pés) que consiste em cortar as unhas de uma das
mãos apenas. É muito original e garanto que capta a atenção das pessoas,
sobretudo se estivermos a lidar com o público, como é actualmente o meu caso,
para além de deslumbrar a minha nova entidade patronal. Esta minha nova
tendência teve tanto sucesso, que estou a ponderar cortar unha sim, unha não,
da próxima vez, já que agora tenho uma reputação a manter. Isso ou começar a
cortar as unhas DEPOIS de beber café. Enfim, nada de novo para quem está
habituada a brilhar à conta de ser um tudo-nada distraída.
sexta-feira, 22 de abril de 2016
Como identificar uma mãe em poucos segundos
É aquela que, quando está distraída, começa a cantarolar isto...
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Desta nova normalidade
Não tenho navegado na net, visto televisão ou ouvido rádio. Não sei bem o que se passa no mundo, quais foram as últimas catástrofes naturais ou humanas, qual o último escândalo mediático ou se o fim do Inverno está para breve. E não sinto falta nenhuma. Em compensação já estou atolada de trabalho, as horas passam e não dou por isso. Um corrupio de informação cruzada, picos de stress e muita coisa para fazer ao mesmo tempo. Um regresso a uma certa normalidade da qual eu já tinha muitas saudades. Sei que me esperam dores de cabeça, que haverá dias em que vou continuar a pensar em trabalho mesmo depois de já ter saído. Mas, por enquanto, por aqui celebra-se o fim de uma longa travessia no deserto com um grande suspiro de alívio e readquire-se, a pouco e pouco, a capacidade de voltar a fazer planos. A minha almofada é que anda triste, porque agora tem de falar sozinha...
terça-feira, 5 de abril de 2016
Curtas
Comecei novo trabalho, numa área completamente diferente da
minha. Estava no lugar certo à hora certa, num acaso que desta vez foi coroado
de sorte. A 3 km de casa. Venho almoçar a casa todos os dias. Saio a tempo de
ir buscar o miúdo. Colegas espectaculares e um ambiente de trabalho tranquilo.
Espero que este seja o inicio de uma longa relação. Agora sim. Habemus serenidade.
quarta-feira, 23 de março de 2016
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